A imprensa internacional acompanha as inundações no Rio Grande do Sul. O jornal americano Washington Post destacou o número de mortos e desaparecidos e que os danos causados pelas chuvas obrigaram mais de 88 mil pessoas a abandonarem suas casas. O veículo ainda noticiou que aproximadamente 16 mil moradores estão abrigados em escolas, ginásios e outros locais temporários.
O jornal argentino Clarín escreveu a manchete: "Resgates contra o tempo no Brasil para tentar conter a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul". A reportagem disse que, das ruas alagadas ou do ar, as imagens são devastadoras, com casas cujos telhados mal se avistam, e pessoas que perderam tudo. O jornal escreveu ainda que o centro da moderna Porto Alegre, a capital, de 1,4 milhão de habitantes, foi completamente inundado.
O alemão Deutschwelle publicou: "Brasil: Número de mortos aumenta à medida que inundações recordes continuam". A reportagem traz ainda um destaque de que especialistas em clima dizem que o aquecimento global provocado pelo homem está provocando um aumento destes fenômenos climáticos extremos em todo o mundo.
A rede britânica BBC também explicou que o clima extremo foi causado por uma rara combinação de temperaturas acima da média, alta umidade e ventos fortes. O veículo noticiou que o aeroporto internacional de Porto Alegre suspendeu todos os voos por período "indeterminado" e trouxe a declaração de um morador disse que os danos foram "de partir o coração".
O também britânico The Guardian escreveu que autoridades do estado do Rio Grande do Sul dizem que mais de 80 mil pessoas foram deslocadas por níveis recordes de água. O jornal também chamou atenção para as enchentes, que em todo o estado superaram as observadas durante o dilúvio de 1941, segundo o Serviço Geológico Brasileiro.
A agência de notícias Reuters destacou o número de desaparecidos e de mortos, que ainda deve aumentar. A Reuters também noticiou a viagem do presidente Lula ao estado, e a declaração do governador do estado, Eduardo Leite, que disse que o Rio Grande do Sul precisaria de um "Plano Marshall" para se recuperar.