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Moises Rabinovici: Onde o como Israel vai responder ao Irã.

Colunista comenta sobre confronto entre Israel e Irã

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Moises Rabinovici

16/04/2024 15:32

GIRO MOISES

Coluna


Onde e como Israel

vai responder ao Irã


A questão entre os aliados e inimigos de Israel é como será, e quando, a retaliação da retaliação da retaliação, iniciada em 1º de abril, com o assassinato de sete militares iranianos num anexo da embaixada do Irã em Damasco, na Síria.

Agora é a vez de Israel, pelo ataque de 300 mísseis e drones no sábado. A decisão de retaliar foi tomada em sucessivas reuniões do Gabinete de Guerra, apesar dos apelos dos aliados para que o o ciclo de vinganças seja interrompido.

Israel demonstrou no passado que pode atacar o Irã sem mandar mísseis ou a sua força aérea. Em 2010, um vírus batizado de Stuxnet, criado por engenheiros israelenses e americanos, infectou 30 mil computadores no Irã, entre eles os das usinas nucleares de Bushehr e de Natanz, que ficaram paralisadas. O vírus chegou às instalações atômicas da Índia.

Israel também destruiu fábricas e depósitos de drones na Síria e no Irã, disparando mísseis de aviões ou em operações de agentes secretos do Mossad. Houve um tempo em que Israel perseguiu e matou os cientistas nucleares que trabalhavam no Irã, como forma de dissuadir novos contratados. Nenhum desses modelos de ataque seria considerado uma massiva retaliação à altura do inédito bombardeio iraniano a Israel no sábado passado, que feriu apenas uma garota beduína e causou pequenos danos a uma base aérea.

As escaramuças entre Hezbollah e Israel não entram na lógica da retaliação porque foram iniciadas com a guerra em Gaza, em 7 de outubro, e continuam. Nesta terça-feira, dois drones feriram três israelenses na Galiléia, depois que penetraram sem acionar os alarmes de ataque aéreo. Na represália, Israel matou o comandante do setor do litoral do Hezbollah, Ismail Yusaf Baz, atingido quando viajava de carro na área de Ain Ebel.


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Pela primeira vez em cem anos, o Böögg não queimou e explodiu em Zurique, na Suíça. Em 1923, foram as chuvas que o salvaram por um dia. Na segunda-feira, ontem, ele foi salvo pelos ventos fortes. Mas hoje, 18h, ele não escapa.


O Böögg é um boneco que lembra os bonecos de neve. A sua cabeça está recheada de explosivos. Quando ele queima e explode anuncia o fim do inverno e o começo da primavera na Suíça.

O tempo que o Böögg leva para explodir é um prenúncio do verão. Quanto mais rápido, melhor será o verão. Por isso, a TV transmite ao vivo o martírio do boneco, como se fosse Joana D’Arc. A média está entre 17 e 20 minutos.


(Jornais suíços desta terça-feira com o Böögg salvo das chamas)

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